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sábado, 18 de junho de 2011

Emily Bronte - Estâncias



Já me reprovaram e volto sempre
Aos primeiros sentimentos que nasceram comigo;
Deixo de correr atrás do ouro e do conhecimento,
Para sonhar apenas com maravilhas impossíveis.

Mas hoje,
Não descerei mais ao império das sombras;
Tenho medo de sua frágil e decepcionante
Imensidão,
E meu sonho, povoado com legiões inumeráveis,
Torna esse mundo sem forma estranhamente próximo.

Caminharei,
E ficarão para trás as antigas veredas
Do heroísmo,
E os caminhos já exaustos da
Moralidade,
E o imprevisto aglomerado de faces obscuras,
Ídolos em bruma de um passado já longínquo.

Caminharei,
Onde só agradar a minha alma caminhar,
(não posso suportar a escolha de outro guia)
Onde os rebanhos se acinzentam
 No verde das campinas
Onde o vento alucinado vergasta o flanco das
Montanhas.

Que pode revelar a montanha solitária?
Nada exprime sua glória e sua dor.

Minha alma dormia,quando a terra despertou,
E o círculo do céu ao círculo da terra,
Confundindo-se, ao mundo deram nascimento.


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