E essa é a sua herança para mim, alma-irmã alhures;
A encruzilhada do Eu - Adaptar-se ou morrer.
Nenhuma escolha foi dada, nenhuma escolha é possivel.
Lento como um sol ou célere como uma flor, haverei de finar, e isso não me coube decidir.
Adaptar-me é não viver, e não posso tolerar nada menos que uma vida.
Minhas idéias, são as “idéias dos náufragos”.
Estou perdido e o reconhecimento desse estar perdido, é justamente a bússola que me há de orientar.
Da terra firme, não preciso da ilusão sob meus pés.
Penduro minha cabeça no vácuo e nele me sustento.
Aquele que pode ignorar que há um milhar de vulcões muito abaixo do solo verde, é homem digno da inveja mais capital.
E até que eu descubra algo a que eu não me atreva a sonhar, hei de zombar com alegria, da ameaça ardente do inferno e das promessas de deleite do céu.
Medos e desejos vazios de homens de alma coletiva.
Porque quanto mais sinto esse impulso de andar sempre contra o vento,
(E estou para saber se é pelo prazer de senti-lo no rosto ou por contrariá-lo),
E dar cansativas e quixotescas braçadas contra a corrente do mundo,
Tanto mais contento-me em girar pela terra como uma folha seca num tornado,
E em me saber-me indeterminado, flutuante.
Espalhando meus cacos como migalhas de pão, para que os pássaros comam e eu nunca mais encontre o caminho na volta, mas para que os caminhos me encontrem na saída.
Seguro nessa oscilação, fico a imaginar de qual lado dos muros do hospício estão os loucos.
Sou efêmero como as flores, sem ao menos igualar-me a elas em beleza,
Mas sou eterno naquele instante em que me sei Um.
Um com estrelas nos olhos e mãos nos bolsos...
Um que desejou sonhar um pouco mais o sonho da vida
Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Nayara e cheguei até vc através do Blog desinformação seletiva. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir um blog do meu amigo Fabrício, que eu acho super interessante, a Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. A Narroterapia está se aprimorando, e com os comentários sinceros podemos nos nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs
ResponderExcluirNarroterapia:
Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.
Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.
http://narroterapia.blogspot.com/