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domingo, 13 de março de 2011

Yets, em quatro lindas versões


Abaixo o meu poema preferido de Willian Butler Yets em quatro magníficas traduções. Impressionante como lendo nas quatro versões, parece serem diferentes poemas, sendo no entanto facilmente reconhecido o seu teor.


Tivesse eu dos céus os bordados tecidos
Adornados com áurea e prateada luz,
Os azuis, delicados e escuros tecidos
Da noite e da luz e da meia-luz,
Eu os ajeitaria por sob teus pés:
Mas eu, sendo pobre, só tenho os meus sonhos;
Eu postei os meus sonhos por sob teus pés;
Sejas leve ao pisar, pois pisas em meus sonhos.

Tivesse eu o céu, bordado em panos
com ouro e prata feitos de luz,
Azuis, e opacos, e escuros panos
em difusa e profusa e nula luz,
Eu poria os panos aos teus pés.
Mas eu, bem pobre, tenho só sonhos
Eu pus os meus sonhos aos teus pés
Pisa suave, que pisas em sonhos.

Se eu tivesse o manto bordado dos céus,
Tecido de veios de luz de ouro e de prata,
De pano azul, escuro e opaco
Da noite, a luz e a meia-luz,
Eu estenderia um manto sob teus pés: 
Mas, eu, tão pobre, apenas posso sonhar;
Estendi meus sonhos sob teus pés;
Pisa devagar, pois pisas sobre os meus sonhos.

Se meus fossem os tecidos do céu
E os azulados bordados de outro e de prata
E do azul escuro e fosco
Da noite a luz e a meia luz
Como um manto, eu os estenderia aos teus pés.
Mas sendo pobre, apenas tenho os meus sonhos
Eu estendi os meus sonhos aos teus pés
Caminhas devagar, porque caminhas sobre meus sonhos.

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