Uma pedra lançou-me no abismo.
Atentou para ouvir
O eco do meu corpo, quando eu batesse
no fundo
Quando meu grito ressoasse no nada.
“O abismo a que me empurras – disse a
Esfinge – Não é maior
Do que aquele que existe em tua alma”
Não houve som e nem dor,
Quando me choquei contras as rochas .
Apenas uma nuvem de dentes de leão
flutuando no ar
E o som do farfalhar de folhas secas
Levadas pelo vento.
Bobagem.
Não há vento no abismo profundo,
Como não há alegria nas horas escuras
Quando seu mundo parece retrair e morrer.
Deve deixar que as sombras dancem com
as sombras
E as luzes de tua alma,
Que dancem com as luzes que emanam das
almas felizes.
Como morrem os anjos?
Como abraçam o vazio os homens alados,
cujos sonhos voam?
Morrem como morrem todos os homens,
Sozinhos e com medo, antes que a
cortina caia.
Lançando no eterno a esperança de
alcançar o mar infinito
O verde e o campo onde caminhariam
para sempre.
Uma pedra lançou-me ao abismo.
Está claro que não morri.
E o que não me mata, torna mais louco.
Fiquei carregado da sabedoria de nada saber,.
Há conforto na sabedoria.
Há abrigo na ignorância.
Mas a loucura....
Abraça-me os ombros como uma consorte.
E me seduz com beijos doces,
alucinógenos...
Dota-me de asas imaginarias
E enche a minha cabeça de um céu
ilusório:
Mas no vazio, a queda para baixo ou
para cima
Não faz diferença alguma.
A pilhéria da vida é a mesma.
Se a ouvir de cabeça pra baixo
Terá a mesma graça
Nenhuma corrente te prende à sombra do
mundo,
Exceto as que tu mesmo forjas com
lágrimas
Exceto a paixão à própria prisão.
Uma pedra atirou-me no lago
Atentou para contar as ondas que
se formaram
Quando eu afundei...
Talvez porque mastigar chiclete me faz um mal danado (inferno de estomago sensível) eu aprendi a mastigar versos...
ResponderExcluirSou apaixonada por esses que vc repostou, vivo perdendo e encontrando eles em meus papeis, já devia ter postado no meu blog, onde as pessoas não apagam as postagens... (Vc vê como a intimidade é nociva a amizade, eu já dei pitaco na página de comentário e ainda to quase censurando vc por seus hábitos virtuais, qual será o próximo passo??? kkkkk... #CasoSério)
Esses versos são um dos meus chicletes favoritos:
"Como morrem os anjos?
Como abraçam o vazio os homens alados, cujos sonhos voam?
Morrem como morrem todos os homens,
Sozinhos e com medo, antes que a cortina caia."
Cara Pandora;
ResponderExcluirDeu o maior trabalho tirar aquelas letras de confirmação dos comentários, mas persisti até, conseguir, porque me lembrei do aborrecimento que é quando tenho de digitar aquilo nos sites que frequento.Foi bom você me avisar que aquilo estava ali.
Quando a minha inconstância virtual, você está mais do que autorizada a dar "pitacos". Você é da família e isso deve ter algumas benesses, já que em se tratando de "parentes" complicados,também significa uma dose de aborrecimentos vez ou outra,né? E eu penso que já dei a devida autorização para que você poste os meus escritos da forma que quiser, não?
Jé me sinto muito honrado por você gostar deles, quanto mais por considerá-los dignos de ocuparem o seu espaço.
Cheros!