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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Uns fragmentos de William Butler Yeats


Aquela moça ensandecida,
Ao acaso forjando a sua música e poesia,
Dançando em meio à praia; a alma  a parte de si mesma,
A subir e descer aonde a moça não sabia;
A esconder em meio ao peso da bruma,
A rótula quebrada,
Eu proclamo essa moça algo de belo e alto,
Ou algo perdido com bravura e de mesmo modo,
Com bravura encontrado.

Pouco importa o ocaso, a tragédia,
Ela envolvia-se em desesperada música,
Ela abraçava-se, afagava-se,
E não se ergueu em triunfo,

Onde os fardos e pesos repousavam,
Som que fosse simples e inteligível,
porém cantou: "Mar esfomeado, ó mar faminto de mar".

No Oriente, ela oculta alegria antes pouco antes de partir pela manhã.
No Ocidente, ele chora no orvalho e anseia pelo passado morto,
O vento Sul está a derramar as rosas de fogo carmesim:
A vaidade da Letargia, a esperança, a ilusão, o infinito livre arbítrio...
Os cavalos da desgraça imergiam no barro pesado.

Amada, aceite estes meus olhos próximos aos teus,
O seu coração batendo,
Sobre o meu coração a bater,
E seu cabelo a cair  macio sobre a densidade do meu espírito.
Afogo do amor perdido na hora da mais profunda sombra,
Ocultam suas crinas golpeando o mundo sob seus cascos de tormenta...


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